Sofia chegou à casa toda esbaforida e trêmula. Jogou-se no sofá na esperança de encontrar a calma necessária para pronunciar as palavras que explodiam em sua mente. Café, o gato amarelo, pulou em seu colo, subiu em seu tronco e aninhou-se em seu colo. Ela não chorou, buscava lágrimas, mas estava à procura de ouvidos que pudessem ouvir sua história. Café ronronou e ela entendeu que ele poderia ouvi-la. Só pronunciou seu nome e um "sabe querido" que emudeceu logo em seguida. “É complicado expressar o imaginário, sim porque o futuro faz parte do imaginário, do talvez, dos planos e da incerteza. Cada dia que se põe é um adeus, pois pode ser o último. Cada amanhecer, uma nova oportunidade de novamente se despedir quando o sol escurece no horizonte.” Sofia não tinha motivos para sentir a solidão ancorada na soleira da porta afinal existia Café e a sua mãe que voltava sempre à noitinha do trabalho na loja de departamentos. Os cab
Poemas, artes e artesanato passeiam por estes caminhos!