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UMA HISTÓRIA

                                    Sofia chegou à casa toda esbaforida e trêmula. Jogou-se no sofá na esperança de encontrar a calma necessária para pronunciar as palavras que explodiam em sua mente. Café, o gato amarelo, pulou em seu colo, subiu em seu tronco e aninhou-se em seu colo. Ela não chorou, buscava lágrimas, mas estava à procura de ouvidos que pudessem ouvir sua história. Café ronronou e ela entendeu que ele poderia ouvi-la. Só pronunciou seu nome e um "sabe querido" que emudeceu logo em seguida. “É complicado expressar o imaginário, sim porque o futuro faz parte do imaginário, do talvez, dos planos e da incerteza. Cada dia que se põe é um adeus, pois pode ser o último. Cada amanhecer, uma nova oportunidade de novamente se despedir quando o sol escurece no horizonte.” Sofia não tinha motivos para sentir a solidão ancorada na soleira da porta afinal existia Café e a sua mãe que voltava sempre à noitinha do trabalho na loja de departamentos. Os cab

Era pra ser mas,

Era pra falar de amor Amor à humanidade ao próximo, ao vizinho ao ser humano que passa de carro, a pé, de bicicleta, moto, de carroça, Mas, sempre existe um mas para apagar pensamentos felizes. Era pra falar de amor mas o "mas" me impede e me faz encontrar as pedras do caminho os espinhos Acho que não quero falar de amor! Vou calar o silêncio porque já é noite e no sonho vou em viagem de férias! Helena Rosali

A Voz da alma

A alma fala de coisas que as palavras não sabem traduzir E embolam símbolos e gestos à procura de respostas. A alma fala histórias de memórias, imaginações e da vida que fala de si nada além do que é possível entender. A alma fala do espírito um perfume inexistente de tão etéreo e impossível descrever. E chora sem lágrimas e sofre sem o corpo e vive sem estar Helena Rosali

ANOITECER EM DOURADOS

Hoje vi Dourados anoitecer. As nuvens escuras deixavam brechas de últimos raios de sol e ficavam púrpura aqui e ali. As luzes da avenida, os faróis dos carros o barulho, as pessoas. Que momento lindo! Logo veio a chuva e a noite completa trouxe o cheiro de terra olhada A terra vermelha que só Dourados sabe ter, Que suja de forma irreversível a roupa branca. Tinge calçadas e almas. Existe tanta poesia nas horas dessa cidade Existem tantas cores no anoitecer em Dourados. Helena Rosali

Trama da vida

Tenho andado com tantas costuras que o tempo cobra de mim mais linha para os alinhavos! Choveu a noite inteira e dormir foi um agradável frescor de cantiga de chuva e música de vento. De manhã café, pão e uma fruta e as linhas entrelaçadas nas minhas pernas me levam de volta às costuras. Então eu costuro de tudo: a vida, a dor, o sonho os planos falidos o medo, a angústia e o amor que em apliqué de coração fala de um amanhã que eu não sei que ninguém sabe! É verão e é tudo verde. Tem cheiro de fruta madura no pé e no chão. Tem abelha se ainda tem flor e tem pássaro se madurou a fruta. Tenho estado tão ocupada com minhas costuras que percebo minha alma feita de retalhos recompondo a vida que remendei errado e costurando no tecido certo o corte que recortei e deixei de lado para quando tivesse a estampa correta! Helena Rosali

Manta Infantil

Terminei a manta infantil.  Usei a técnica de flying geese, apliqué e four patch.  O passo a passo do flying geese vocês podem ver em postagem anterior.

LEILA

Tenho uma amiga que ontem nasceu para o mundo espiritual. Sua voz e sorriso eram uma alegria para meus dias. Sua dor era um exemplo para minha própria dor. Minha amiga Leila Já sinto saudades das tardes de conversas e risadas das orações e dos sonhos. Dia 20 de dezembro um anjo foi chamado ao céu. Que a eternidade seja da mais completa alegria à sua alma e que o Bondoso Deus acolha em seu Palácio de Glórias uma de suas preciosas servas. Adeus Leila. Helena Rosali

Uma alma feita de retalhos

É quase noite e o calor faz o corpo parecer uma massa unida às partes da natureza, das paredes, do chão. É quase verão e a chuva ainda não chegou! Tranco-me no quarto à espera de escrever meu "Cem anos de Solidão" e à mente tudo o que me inspira é a tristeza que aflige minha alma feita de retalhos que, em vão, procuro remendar criando formas e maneiras de existência que cada vez mais angustiam meus dias confusos com tanto viver. Helena Rosali