Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2014

FLORES À PRIMAVERA

As árvores, os arbustos do jardim, as roseiras, enfeitam-se de novas folhas e muitas rebentam-se em flores que se jogam ao vento e formam tapetes nas ruas, nas calçadas, nos quintais. O ar tem outra cor e o cheiro um novo sabor que tempera dias amenos de uma natureza que escolhe se reinventar eternamente. Eu, recolhida em meu ateliê, resolvi esperar a primavera criando flores, como uma planta do jardim, inspirada pelos novos ares, pelas novas cores. Minhas mãos, incapazes que são de reproduzir o belo florescer do jardim, ensaia um esboço do muito amor à Criação Divina. Estas flores, ofereço ao Planeta Terra, sofrido e tenso em meio a tantos conflitos. Flores para a Humanidade que ainda vai encontrar o seu caminho. Helena Rosali Rosinhas de cetim Flor de organdi Flor de organdi Flores de organdi Buquê de primavera Flores  Dias de primavera Uma tarde de flores Reunião de amigas Paz Uma tarde no campo

VERTENTES DE SONHOS

Quando a angústia desdobra em mim açoites, e as lágrimas formam rios nos pensamentos inquietos, vertentes de sonhos acalentam-se na espuma macia das almofadas da sala. E esses mesmos sonhos vislumbram a rua vazia de pegadas e folhas, mostrando um universo impossível de transpor. A angústia, poça d'água depois da chuva, murmura dores, murmura o silêncio enterrado na alma. Helena Rosali

Gotas de Luz

Gotas de luz caem no escuro do quarto. choram de um medo bobo do barulho da noite. Aprisionada em dores, conto os dias até o fim que almejo perto. Sofro das horas perdidas em mágoas e rancores incompreensíveis. Finjo risos enceno gargalhadas e conto histórias de grandes realizações. Quanto ainda vou esperar para que as gotas de luz se apaguem e o quarto silencie meu escuro. Helena Rosali

PALAVRAS

As palavras brotam, assim como a água brota da fonte. E, em certos momentos vira rio. Caudaloso e manso Debulhando das encostas Histórias perdidas Do faz de conta Que a mata conta Do beijo roubado Da garça faceira No imenso arco-íris Que apareceu na chuva apressada De um dia quente com sol. Sem parar, as palavras brotam da alma, Como quem vai para as lavras Do trigo e do centeio Lavrar o texto Palavrear um contexto Louca de viver Tentando encontrar o fio Que leva até o caminho do rio Que mesmo caudaloso rio Caminha até o imenso mar Lá, aprende que é apenas parte do todo. Helena Rosali

Encantando a Vida

Ainda encontro o tempo solto no meio dos cabelos úmidos da chuva com vendaval. Vem, encanta a vida que ela te encanta os dias. Solta aquela alegria muda, dos lugares escondidos, do coração silente das horas loucas de tardes quentes onde havia a paz de dois olhos quietos de tanto amor. Vem, Vem e encanta a vida que assim ela canta!!! Helena Rosali

haver e ouvir

Como passou o tempo!!!!! Houve silêncio Ouve o silêncio Ecoando na fala muda! Houve um motivo Ouve o motivo PC formatado Dados perdidos! Encontro de novo o som da palavra a ser dita e o som da música de primavera com cheiro de flor, mas ainda é inverno. Helena Rosali

No calor da sombra das árvores

No calor da sombra das árvores Os sonhos passam tal qual criança Pela doce infância. No inverno seco O fogo das cobranças destroem os dias Envelhecem a alma. A chuva morna do verão Busca um caminho pelas encostas da vida Mas não existe nada além de uma represa No fim da estrada. Onde encontrar forças suficientes Para exercer pressão sobre a represa Até que ela venha a se romper? Um verão se foi, outro verão se vai, A vida em seu curso segue tranquila, As pessoas é que morrem Tentando domá-la. Helena Rosali

A Água e a Vida

Como a água que se deixa levar montanha abaixo, Obediente e sem resistência segue ao encontro de seu destino: Um rio ou o mar ou ainda uma poça, Mas ainda assim, segue suave ou rapidamente. Se entrega para viver, de qualquer forma viver. Eu, tal qual a água, existo dentro de uma represa À espera de que ela venha a se romper E possa seguir um curso Para o rio ou para o mar E assim viver, de verdade viver. Helena Rosali

Tapetes de xícara (mug rug)

Friozinho chegando, Chuva cantarolando nas calçadas E joguinhos de chá para enfeitar a mesa.
O jardim viceja e revolve a terra com raízes novas. As rosas florescem, os gerâneos explodem em flores, os camarões atraem os beija-flores, as primaveras espalham-se em galhos e cachos, a magnólia desaba ao peso de tantas flores e enche o ar de um perfume doce e convidativo, a rainha da noite abre-se em perfumes apenas uma noite e as orquídeas gritam de tanta beleza. Em meio a tantas flores existe um cajueiro em flor. Suas delicadas flores exalam, também, um delicado e doce perfume. Falar sobre o cajueiro parece-me reportar aos dias de inverno quando suas folhas haviam caído e a beleza havia desaparecido de seus galhos. Naqueles dias, facilmente eu poderia imaginar que suas folhas jamais voltariam, que a geada havia tomado conta de sua existência. Sentada na varanda, olhando aquela bela árvore, imaginei assim os dias de nossas vidas. Dias de inverno, quando as adversidades parecem ocupar toda a nossa atenção e, as nossas forças esvaem-se. Quando temos a

Conjunto para chá

Trabalhos da última semana. Que tal uma pausa para o chá? Este conjunto é um convite a momentos de alegria.  Cestinha de pão, biscoitos   Mug Rug  Conjunto para chá: cesta, protetor de xícara, mug rug (tapete de xícara), saquinho de chá   Mug Rug Mug Rug  Mug Rug  Lugar americano em patchwork. Feito com a técnica de flying geese. Boneca pronta!  Boneca de Pano  Boneca de Pano

POESIA E PINTURA

POESIA E PINTURA De vez em quando invento artes e  sujo telas de idéias que inquietam minha mente. A alma parece querer voar pra fugir de um corpo limitado E a imaginação suja-se de tinta e vira enfeites, artes e voz. Helena Rosali  A parede estava sozinha, chorando a dor de perceber-se confinada aos quatro cantos. Imaginando dias em que amigos e convidados entrariam porta adentro espalhando risadas, conversas, orações. Percebendo sua tristeza, para alegrar a  sala trouxe as laranjas do sítio. O brilho do sol e o carinho da terra. Convidei os amigos, a família, os vizinhos para que com a festa de suas presenças, todo o espaço fluísse de amor, Divino Amor. Helena Rosali