Outono passou e as folhas continuam caindo. As
ruas folham-se de diversas árvores as quais, as donas de casa teimam em limpar todas
as manhãs, entre xingamentos e promessas de aniquilação de cada uma das
espécies de árvores existentes. Algumas empregadas domésticas tentam se livrar
das folhas com jatos de água e deixam que se entulhem nas calçadas vizinhas que
com, alguma razão, provocam reclamações, brigas e intrigas com as donas da casa
e com as outras empregadas domésticas.
Um festival velado a cada manhã. Conflitos
humanos, bobagens diante de um universo de grandiosidades e belezas
infindáveis: o sol doando cores, calor e vida; o céu azul tingido de cinza
ensaiando uma chuva; o perfume do jasmim estrela ainda com o cheiro da
madrugada; a terra vermelha, argilosa e linda se esfarelando no vento que pousa
nos móveis da sala onde é possível desenhar um coração; os risos das crianças
no parque ali perto, correndo na grama e alegrando os olhos e a vida do futuro.
Muitas pessoas fazendo caminhada, muitas praticando exercícios físicos, idosos
jogando dama e outros apenas batendo papo.
Depois, a tarde quase em silêncio sente o cheiro da fumaça de mato sendo
queimado.A qual torna a respiração difícil e destrói todo trabalho que deu para lavar a
roupa. Então, a água tão preciosa acaba sendo desperdiçada por culpa da
irresponsabilidade alheia. E mais trabalho de acumula na lavanderia e na vida contada de minutos no dia a dia de um lar.
O violão sendo dedilhado na
sala escura em dia de chuva, quando os acordes compõem música com as gotas
d’água que caem do telhado; um ipê roxo aquecendo as cores do inverno; um tanto
do mundo impossível de citar.
Helena Rosali
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