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Ipê amarelo

       Hoje Dourados é como sempre foi: o céu avermelhado de poeira, o vento revolvendo as folhas do chão, o ar abafado e quente insinuando a proximidade de alguma chuva, os ipês amarelos floridos aqui e ali. Começo de setembro que trás agosto consigo cheio de vento e poeira. A poeira vermelha de Dourados que faz parte de minha alma e cria a poesia em mim.        Olhando os ipês na avenida lembrei-me de um ipê especial. O ipê que, da janela da escola,  nos dias de ginásio, tirava minha atenção das aulas de qualquer matéria. Perdia-me no encantamento daquele amarelo agrupado em cachos e fazia poemas de amarelo e azul do céu que emoldurava sua copa florida.        Fiz o retorno na avenida e fui em busca dos dias de adolescência e da janela de minha escola. Quando virei a quadra, vi! Ele estava lá, florido como sempre esteve no início de setembro. Tirei fotos para guardar o que só tinha na memória.     ...

As Flores

Eu poderia colher as flores mas agora não preciso esquecer do inverno as flores congelariam em minhas mãos ainda não poderei colher as flores observo-as no jardim perfumadas, coloridas vivas algumas murcham no meio do verde vivo que a chuva trouxe e debruçam sobre si mesmas esperando que os dias lhes levem as cores Não, eu não posso colher as flores ainda não posso preciso aquecer minhas mãos preciso ainda sentir o perfume e aquecer minha alma. Só depois, poderei colher as flores. Helena Rosali

O jeito do tempo

Festejei o tempo ao notar na face os primeiros sinais da existência. Alegre, em cada curva uma marca, doce e dolorida enfeita os sorrisos que agradecem a Deus. Eita, que o tempo chega e faz de um jeito que a gente não sente E desapercebido se mostra no rosto, nas mãos, nos pés. Nos pés que, antes andarilhos, diminuem as pegadas. Nos ossos que, antes fortes, fraquejam nos obstáculos. Eita que esse tempo é de um jeito que enfeita de gracejos as horas de todos os dias. Helena Rosali

Outono passou e as folhas continuam caindo

Outono passou e as folhas continuam caindo. As ruas folham-se de diversas árvores as quais, as donas de casa teimam em limpar todas as manhãs, entre xingamentos e promessas de aniquilação de cada uma das espécies de árvores existentes. Algumas empregadas domésticas tentam se livrar das folhas com jatos de água e deixam que se entulhem nas calçadas vizinhas que com, alguma razão, provocam reclamações, brigas e intrigas com as donas da casa e com as outras empregadas domésticas.  Um festival velado a cada manhã. Conflitos humanos, bobagens diante de um universo de grandiosidades e belezas infindáveis: o sol doando cores, calor e vida; o céu azul tingido de cinza ensaiando uma chuva; o perfume do jasmim estrela ainda com o cheiro da madrugada; a terra vermelha, argilosa e linda se esfarelando no vento que pousa nos móveis da sala onde é possível desenhar um coração; os risos das crianças no parque ali perto, correndo na grama e alegrando os olhos e a vida do futuro. Muitas pes...

Perfumes no jardim

                         Dias de flores e perfumes habitando meu jardim. A primavera costuma fazer reviver a alegria depois dos dias cinzentos coloridos de inverno.

Bonecas

UM DIA PARA RECORDAR

                                                               O silêncio apoderou-se de minha fala depois de conhecer o paraíso.  Quanto, antes, esperava lidar com as palavras e fazer delas um meio de transformação de dias cansados e sem esperança, mas o inusitado sempre acontece e faz parecer que as dimensões não coincidem e a realidade, no final, se vê escravizada nas mordaças do tempo. Elisa  observava a rua através da cortina e não esperava nada mais que o soar do despertador para sair porta a fora, ao encontro de mais um dia de trabalho. Na rua, vento gelado batendo no rosto, apertou contra si o casaco azul que ganhara de sua avó, alguns anos antes, e com a pressa costumeira correu para pegar o ônibus sempre lotado no início da manhã. Era para ser mais um dia comum entranhado na rotina das horas, das...

Bolsa feminina

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Bonecas Tilda

Bonecas Tilda

ANGÚSTIA

Quando a angústia desdobra em mim açoites e as lágrimas formam rios nos pensamentos inquietos, vertentes de sonhos acalentam-se na espuma macia das almofadas da sala e vislumbram a rua vazia de pegadas e folhas insinuando um universo impossível de transpor. A angústia, poça d'água depois da chuva, murmura dores, murmura o silêncio enterrado na alma. Helena Rosali

MISTÉRIO

                                 Que mistério, Fascinante mistério É a existência! Intrigante mistério É a mente: Consciência e sabedoria Indecisão e firmeza. Apavorante mistério É o afastamento Da Origem e Causa da existência: O Criador.                         Que mistério, Fascinante mistério É o Criador.   Helena Rosali

VERTENTES DE SONHOS

Quando a angústia desdobra em mim açoites, e as lágrimas formam rios nos pensamentos inquietos, vertentes de sonhos acalentam-se na espuma macia das almofadas da sala. E esses mesmos sonhos vislumbram a rua vazia de pegadas e folhas, mostrando um universo impossível de transpor. A angústia, poça d'água depois da chuva, murmura dores, murmura o silêncio enterrado na alma. Helena Rosali

Gotas de Luz

Gotas de luz caem no escuro do quarto. choram de um medo bobo do barulho da noite. Aprisionada em dores, conto os dias até o fim que almejo perto. Sofro das horas perdidas em mágoas e rancores incompreensíveis. Finjo risos enceno gargalhadas e conto histórias de grandes realizações. Quanto ainda vou esperar para que as gotas de luz se apaguem e o quarto silencie meu escuro. Helena Rosali

PALAVRAS

As palavras brotam, assim como a água brota da fonte. E, em certos momentos vira rio. Caudaloso e manso Debulhando das encostas Histórias perdidas Do faz de conta Que a mata conta Do beijo roubado Da garça faceira No imenso arco-íris Que apareceu na chuva apressada De um dia quente com sol. Sem parar, as palavras brotam da alma, Como quem vai para as lavras Do trigo e do centeio Lavrar o texto Palavrear um contexto Louca de viver Tentando encontrar o fio Que leva até o caminho do rio Que mesmo caudaloso rio Caminha até o imenso mar Lá, aprende que é apenas parte do todo. Helena Rosali

Encantando a Vida

Ainda encontro o tempo solto no meio dos cabelos úmidos da chuva com vendaval. Vem, encanta a vida que ela te encanta os dias. Solta aquela alegria muda, dos lugares escondidos, do coração silente das horas loucas de tardes quentes onde havia a paz de dois olhos quietos de tanto amor. Vem, Vem e encanta a vida que assim ela canta!!! Helena Rosali

No calor da sombra das árvores

No calor da sombra das árvores Os sonhos passam tal qual criança Pela doce infância. No inverno seco O fogo das cobranças destroem os dias Envelhecem a alma. A chuva morna do verão Busca um caminho pelas encostas da vida Mas não existe nada além de uma represa No fim da estrada. Onde encontrar forças suficientes Para exercer pressão sobre a represa Até que ela venha a se romper? Um verão se foi, outro verão se vai, A vida em seu curso segue tranquila, As pessoas é que morrem Tentando domá-la. Helena Rosali

A Água e a Vida

Como a água que se deixa levar montanha abaixo, Obediente e sem resistência segue ao encontro de seu destino: Um rio ou o mar ou ainda uma poça, Mas ainda assim, segue suave ou rapidamente. Se entrega para viver, de qualquer forma viver. Eu, tal qual a água, existo dentro de uma represa À espera de que ela venha a se romper E possa seguir um curso Para o rio ou para o mar E assim viver, de verdade viver. Helena Rosali

Tapetes de xícara (mug rug)

Friozinho chegando, Chuva cantarolando nas calçadas E joguinhos de chá para enfeitar a mesa.