O jardim viceja e revolve a terra com raízes novas. As rosas florescem, os gerâneos explodem em flores, os camarões atraem os beija-flores, as primaveras espalham-se em galhos e cachos, a magnólia desaba ao peso de tantas flores e enche o ar de um perfume doce e convidativo, a rainha da noite abre-se em perfumes apenas uma noite e as orquídeas gritam de tanta beleza. Em meio a tantas flores existe um cajueiro em flor. Suas delicadas flores exalam, também, um delicado e doce perfume. Falar sobre o cajueiro parece-me reportar aos dias de inverno quando suas folhas haviam caído e a beleza havia desaparecido de seus galhos. Naqueles dias, facilmente eu poderia imaginar que suas folhas jamais voltariam, que a geada havia tomado conta de sua existência. Sentada na varanda, olhando aquela bela árvore, imaginei assim os dias de nossas vidas. Dias de inverno, quando as adversidades parecem ocupar toda a nossa atenção e, as nossas forças esvaem-se. Quando temos a
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