O silêncio apoderou-se de minha fala depois de conhecer o paraíso. Quanto, antes, esperava lidar com as palavras e fazer delas um meio de transformação de dias cansados e sem esperança, mas o inusitado sempre acontece e faz parecer que as dimensões não coincidem e a realidade, no final, se vê escravizada nas mordaças do tempo. Elisa observava a rua através da cortina e não esperava nada mais que o soar do despertador para sair porta a fora, ao encontro de mais um dia de trabalho. Na rua, vento gelado batendo no rosto, apertou contra si o casaco azul que ganhara de sua avó, alguns anos antes, e com a pressa costumeira correu para pegar o ônibus sempre lotado no início da manhã. Era para ser mais um dia comum entranhado na rotina das horas, das...
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