Hoje Dourados é como sempre foi: o céu avermelhado de poeira, o vento revolvendo as folhas do chão, o ar abafado e quente insinuando a proximidade de alguma chuva, os ipês amarelos floridos aqui e ali. Começo de setembro que trás agosto consigo cheio de vento e poeira. A poeira vermelha de Dourados que faz parte de minha alma e cria a poesia em mim.
Olhando os ipês na avenida lembrei-me de um ipê especial. O ipê que, da janela da escola, nos dias de ginásio, tirava minha atenção das aulas de qualquer matéria. Perdia-me no encantamento daquele amarelo agrupado em cachos e fazia poemas de amarelo e azul do céu que emoldurava sua copa florida.
Fiz o retorno na avenida e fui em busca dos dias de adolescência e da janela de minha escola. Quando virei a quadra, vi! Ele estava lá, florido como sempre esteve no início de setembro. Tirei fotos para guardar o que só tinha na memória.
Uma parte de minha história florida no céu de setembro e cravada na terra de Dourados.
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